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terça-feira, 12 de maio de 2009

A Alma Não Tem Cor


À bela Guadalupe Roldán, tenta salvar seu pai da ruína financeira e cumpri um acordo feito entre as famílias Roldán e Do Álamo. Casa-se com o milionário Lisandro Do Álamo.

No início da relação, Guadalupe sente que jamais irá amar Lisandro. O marido, no entanto, apaixonado pela moça desde quando eles eram crianças, tenta de todas as formas conquistar seu amor. Sugere a ela que um filho poderia consolidar a união do casal.

Com o passar do tempo, o amor de Lisandro é retribuído. Guadalupe descobre que o marido é um grande homem e se apaixona. Logo ela fica grávida realizando o sonho de Lisandro.

Ansioso pela chegada do herdeiro, o milionário é surpreendido quando Guadalupe dá a luz a uma menina negra. O bebê é motivo de desconfiança, pois Gaudalupe e Lisandro têm pele clara.

Na verdade, a criança tem características genéticas da avó, Amália, uma senhora negra que é a verdadeira mãe de Guadalupe, mas que sempre se passou por sua babá – no passado Amália teve um romance secreto com Humberto Roldán, o pai de Guadalupe.

Lisandro acusa a mulher de adultério e decide se divorciar, ao mesmo tempo em que Guadalupe é pressionada pelo pai, Humberto Roldán. Sem poder defender sua filha, Amália se vê obrigada a manter o segredo.

Aproveitando-se da situação, a perversa Ana Luisa, que por ser pobre sempre se sentiu inferior a Guadalupe, faz de tudo para se casar com Lisandro.

Diante destas circunstâncias, as esperanças de Guadalupe criar a filha ao lado de seu grande amor parecem perdidas...

A Alma Não Tem Cor foi uma novela bastante problemática, repleta de erros e confusões na sua produção.

O produtor Juan Osório (Nunca Te Olvidaré, Salomé, Siempre Te amare) vinha de um mega êxito de nome Marisol, El Alma No Tiene Color estreou às 17h no Canal de las Estrellas, e no inicio até teve boas audiências se considerar que era à tarde.

Após um tempo, a novela foi remaneja de horário sendo exibida às 21h30, substituir a fracassada porém elogiada Pueblo Chico, Infierno Grande e desde então ficou taxada pelo seu fracasso. Os motivos foram vários. A começar pela história, que apesar de interessante, pois pretendia abordar um tema não muito comum em novelas mexicanas.


Na verdade a novela tratava-se de um remake de uma trama famosa chamada Angeles Negros, o elenco era muito bom para a época, Laura Flores teve seu primeiro protagônico após a vilã Sandra em Marisol, Arturo Peniche já há muito tempo famoso, Claudia Islas, que também vinha de Marisol fora sua já consolidada carreira, Paty Navidad, em alta depois de Cañaveral de Pasiones, Lorena Rojas, Rafael Rojas, enfim um bom elenco, que realizaram em sua maioria boas atuações por que tinham papéis interessantes, o problema era que a história era geneticamente impossível, aliás, qualquer um que saiba um pouco de genética percebe que Estrelinha (Zayda Aullet) nunca seria filha de Guadalupe (Laura Flores) e Lizandro (Arturo Peniche).

O grande destaque ficou por conta de Lorena Rojas, como a invejosa e amargurada Ana Luísa. Queixava-se por ser manca, míope e feia. Porém sua maldade não acabava quando ela se tornava uma bela mulher. Em sua meta de destruir Guadalupe, Ana Luísa tornou-se uma grande vilã. O problema é que chegou uma hora que não havia mais maldades para ela fazer, então colocaram um interesse amoroso por Victor Manuel (Oswaldo Sabatini), o novo amor de Guadalupe. Porém, mesmo com alguns deslizes na história, a atuação de Lorena Rojas foi saudosa.

Outro destaque foi Paty Navidad como a carismática Sarinha, irmã bastarde de Guadalupe. Simples e generosa, conquistou o público pouco a pouco.

Cláudia Islas, em seu último trabalho na Televisa, teve um interessante personagem, a tia Bethânia, melhor conhecida como “Sereia”, uma mulher que mantinha a digníssima classe durante o dia, mas quando anoitecia, saía para roubar milionários na pele de uma cantora.

Laura Flores, apesar de tudo, conseguiu passar toda a dor de Guadalupe. A heroína não passava um capítulo sem derramar uma lágrima. O momento em que ela descobre a morte de seu amado Lizandro foi muito marcante. O desespero da personagem foi muito real.

No quesito má atuação, ninguém supera Célia Cruz. A cantora cubana foi colocada na novela para chamar a atenção, desagradando muito na sua atuação. A solução foi diminuir seu espaço na trama. Tanto que às vezes, os personagens perguntavam “Onde está Amália?”, o jeito era dizer “Ela está deprimida em seu quarto” e tira-la de cena.

O grande problema da novela era sua lentidão, apontada pelos críticos como uma história que não evoluía, pelo menos a princípio. Logo depois de um início promissor, a novela se perdeu, encontrar o caminho foi complicado, a produção da trama não sabia mas que situações poderia encaixar, e principalmente que ‘responsabilidade’ dar aos personagens.

Mas se antes nada acontecia, depois aconteceu de tudo. O ritmo foi acelerado, e pode se conferir um grande dramalhão mexicano.

Pobre Guadalupe, primeiro casada a força, depois rejeitada quando tinha uma filha negra, vitima de infâmias e intrigas de Ana Luisa (Lorena Rojas), vira uma cantora em um centro de nome duvidoso “Sapo Apaixonado”, todos acham que virou uma mulher baixa, quando pensa em virar cantora, fica muda. Para completar a personagem te sua filha roubada, ao qual ao consegue ais encontrar. Após ter a decepção de ver seu grande amor se casar com a vilã, descobre que sua mãe é a babá. Depois de um tempo Guadalupe finalmente encontra sua filha, quando tudo parecia bem... Mais um golpe, Lizandro (novo companheiro de Guadalupe) morre. Agora Guadalupe sofre com, problemas mentais, assim que recobra a sanidade se vê perdida em um novo amor. Ela se apaixona por Victor Manuel, Diana (Érika Buenfil) morre, Guadalupe vai presa, e pra arrematar fica tuberculosa na prisão, haja sofrimento, e olha que as desgraças da família nem foram citadas (paralisia, alcoolismo, irmã perdida).

Ou seja, a história virou um exemplo de dramalhão mexicano que não deve ser repetido. Arturo Peniche se desentendeu com o diretor da novela, Otto Sirgo, e deixou a história, entram novos personagens para dar continuidade à saga e tentar salvar a trama, são eles: Victor Manuel, o médico que atende Guadalupe em sua fase de loucura, Diana, médica interessada em Victor Manuel e muito doente, e Samira (Gaby Goldsmith), irmã de Victor Manuel e antigo amor de Luis Diego.

Depois de tanta bagunça, quando finalmente Guadalupe ia encontrar a felicidade, ela resolve de um minuto para outro ficar só, de repente aparece FIM...

A Alma Não Tem Cor foi uma novela incoerente, teve boas intenções, ao tentar mostrar uma história bastante diferente, e que ainda abordou a questão do racismo, mas se perdeu. Em meio a menos altos que baixos, a novela terminou esquecida nos arquivos da Televisa. Além de ajudar a consolidar a imagem de “dramalhão” mexicano, recheado de desgraças, intrigas e reviravoltas, imagem adquirida ao redor do mundo.

Não foi lançado nenhum CD com a trilha da Novela, a música de abertura é cantada pela protagonista Laura Flores e costuma sair em diversas coletâneas de novelas.

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