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terça-feira, 24 de março de 2009

Revistas em Qradrinho Disney


De maneira diferente dos desenhos animados clássicos produzidos pelo Estúdio Disney, os quadrinhos Disney estão longe de ser ingênuas histórias infantis. Essa característica se deve ao fato de as editoras licenciadas para produzir quadrinhos com esses personagens contratarem artistas que não possuíam vínculos com as empresas Disney (alguns haviam anteriormente atuado como animadores do estúdio, mas quando passaram a se dedicar aos quadrinhos, já não tinham qualquer ligação com ele) e que desenvolveram os enredos e as características dos personagens à sua maneira, criando, inclusive, novos membros para o Universo Disney. Da mesma maneira, fora dos Estados Unidos, artistas italianos, franceses e brasileiros criaram narrativas seqüenciais coerentes com a cultura de seu país.
foi nas tiras diárias de Gottfredson que surgiu o Mickey detetive e aventureiro. Outro artista que desenvolveu sua arte nas tiras diárias e páginas dominicais foi Al Taliaferro, que ilustrou (e também foi roteirista durante algum tempo) as gags do Pato Donald de 1936 até sua morte, em 1969, desenvolvendo sua personalidade histriônica e tendo, inclusive, criado os sobrinhos do pato (Huguinho, Zezinho e Luisinho), em 1937.
No começo da década de 30, quando o Estúdio Disney passava por dificuldades financeiras, os personagens foram licenciados para os quadrinhos publicados em comic books, que republicavam as tiras e páginas feitas para jornais (por Gottfredson e Taliaferro). Foi só nos anos 40 que começaram a ser produzidas histórias inéditas para as revistas em quadrinhos. A editora Dell recrutou diversos artistas - entre eles alguns que já haviam trabalhado nos desenhos animados da Disney - para criar os enredos e fazer as artes. Carl Barks, um dos quadrinhistas que trocou o estúdio de animação pelas páginas dos quadrinhos, tornou-se, ao longo de 25 anos, um dos artistas mais cultuados - chamado pelos fãs de "o Homem do Pato" -, pois, além de elaborar as narrativas seqüenciais protagonizadas por Donald e seus sobrinhos, também foi o criador de Tio Patinhas, Professor Pardal, Gastão, Irmãos Metralha, Maga Patalójika, entre outros personagens que acabaram sendo incorporados ao Universo Disney.
Barks é considerado um autor de destaque principalmente por ter inserido nas narrativas que elaborava sua visão de mundo particular. Assim é que, nas histórias que produzia, Donald passou a ser vítima de seu desejo de ser aceito e valorizado por uma sociedade que o rejeita e o Tio Patinhas - inicialmente o estereótipo do escocês sovina - transformou-se no porta-voz das idéias liberais: sua fortuna originou-se do esforço pessoal, da obstinação e dos sacrifícios que fez para obtê-la e mantê-la. Na obra de Barks - assim como na de outros artistas - pode ser notada também sua sintonia com o momento histórico em que criava suas narrativas, como, por exemplo, a Guerra Fria: em várias histórias há a presença de espiões e ditadores da nação totalitária fictícia Brutópia, uma alusão à União Soviética.
Além deste artista, outros quadrinhistas também se destacaram na confecção de quadrinhos para os comic books americanos, a exemplo do desenhista Paul Murry, que, ao lado do roteirista Carl Fallberg, realizou as histórias policiais e de aventuras protagonizadas por Mickey; de Tony Strobl, que recebeu dos admiradores o título de "o outro bom Homem do Pato" por suas histórias cômicas e de aventuras estreladas por Donald; de Jack Bradbury e Al Hubbard.

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